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Overtraining

Overtraining é um termo bastante conhecido na medicina esportiva e pelos atletas de alto rendimento. Também intitulada de Síndrome do Sobretreinamento, o estado de overtraining causa no atleta uma diminuição de rendimento excessiva, acompanhada de sintomas que incluem fadiga muscular, além de alterações psicológicas, cognitivas, sociais, fisiológicas e físicas.

As causas do overtraining estão diretamente associadas a um treino excessivo e a um curto período de recuperação para o corpo, ou seja, tão importante quanto não sobrecarregar o corpo com um treino exagerado é saber descansar o necessário para não entrar em estado de fadiga.

Por isso atletas de modalidades como triatlo, corridas de longa distância e esportes que exijam treinamento para competições de grande intensidade são os que mais sofrem com overtraining. No triathlon, por exemplo, o atleta associa três esportes de alta resistência: o ciclismo, a natação e a corrida, sendo que dependendo da modalidade, a distância disputada em uma competição pode variar de 25 quilômetros a 515 quilômetros.

No overtraining o atleta gera mais fadiga muscular do que o corpo consegue regenerar. E isso pode acontecer de maneira praticamente imperceptível como, por exemplo, um atleta de triatlo querer correr, pedalar, ou nadar alguns quilômetros a mais. Tudo isso faz com que o problema comece a ser sentido e passe a prejudicar a rotina de treinos e o cotidiano do atleta.

É importante ressaltar que uma dieta incorreta também pode contribuir para que os sintomas do overtraining apareçam na rotina do atleta.

Além de uma queda visível no rendimento do atleta e do estado de fadiga patológico, o overtraining pode prejudicar a saúde da pessoa, deixando o corpo mais exposto a lesões musculares e nas articulações. Em casos mais intensos até o sistema imunológico é afetado, deixando o paciente mais suscetível ao surgimento de doenças.

Entre os principais sintomas do overtraining, estão:
• Incapacidade de treinar de forma intensiva;
• Cansaço extremo dos músculos trabalhados;
• Impossibilidade de começar a parte principal do treino após realizar o aquecimento.

Outros problemas que o overtraining pode gerar ao corpo do atleta, além do cansaço muscular, são:
• Fraturas por estresse;
• Falta de ar;
• Insônia;
• Lesões agudas;
• Irritabilidade;
• Dor no peito;
• Alteração na pressão arterial.

O tratamento para esse problema que diminui a resistência dos atletas é a redução drástica da carga de exercícios. Dependendo do nível do problema, a recomendação médica pode ser até a de suspender as atividades físicas por um tempo, visando um descanso maior do corpo afetado.

O ideal é seguir sempre o treinamento elaborado pelo personal trainer/orientador, sem fugir do recomendado. Forçar o corpo de maneira desnecessária pode resultar em lesões ainda mais sérias.

Quando a Síndrome do Sobretreinamento é diagnosticada cedo, é possível reverter o quadro descansando diariamente as oito horas recomendadas e balanceando a alimentação. A comunidade médica em geral afirma que a melhor maneira de tratar o problema é evitando que ele apareça, descansando o suficiente após os treinos e mantendo uma ingestão de nutrientes balanceada e saudável.

Em casos mais complexos é possível que o médico receite uma suplementação especial, visando compensar a perda de nutrientes pelo atleta durante os treinos. É importante ressaltar que essa suplementação precisa ser recomendada pelo médico e não tomada de maneira independente. Isso porque a ingestão errada de vitaminas, sais minerais e proteínas pode gerar problemas em outros órgãos, retardando ainda mais a recuperação do paciente.

Outra recomendação importante é que o atleta consiga identificar o seu limite, ou seja, que ele esteja atento a possíveis sintomas que possam indicar que o corpo está entrando em um estado de fadiga, porém ainda não de overtraining. Esse tipo de percepção é capaz de evitar os efeitos da Síndrome do Sobretreinamento.

Em caso de dúvida, ou ao sentir qualquer sintoma associado ao overtraining, recomenda-se que o atleta busque a ajuda de um profissional especialista em medicina esportiva: ele irá direcionar o paciente para que o treino possa ser feito sem efeitos colaterais.

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